No século passado – século XX, a paternidade era vista de uma forma parcial, cabendo ao pai a responsabilidade de provedor e, em casos extremos de indisciplina, de corregedor familiar.
Os filhos ficavam sob a tutela da mãe, que deveria educá-los, ensiná-los, protegê-los, cuidar de suas necessidades básicas e dar carinho.
Ser pai era visto apenas como perpetuação da espécie, e muitas vezes como acidente de percurso.
Muitos adultos, hoje, relatam que tiveram dificuldade em se relacionar afetivamente com seus pais, e de ver nestes um amigo, tal a distância que se impunha entre eles, uma distância que provocava sofrimento e frustação e que impedia de se entender o verdadeiro significado de ser Pai, e criava entraves no relacionamento com Deus Pai.
Mas o tempo passou, a sociedade evoluiu, e as relações familiares também se transformaram, encontrando um novo caminho para a relação entre pais e filhos.
Hoje, apesar de muitos percalços que ainda desafiam a estrutura familiar, os jovens estão assumindo a paternidade de forma integral, reconhecendo a importância da própria participação no processo de educar, cuidar, ensinar, proteger seus filhos, e mais ainda de demonstrar o amor que têm por eles.
Nos dias atuais, é comum ver pais cuidando dos filhos e filhas com amor e dedicação desde o seu nascimento, sem qualquer constrangimento na hora de trocar fraldas, dar banho e dar de comer, levar à escola, ajudar nas tarefas escolares.
É uma felicidade ver pais brincando com seus filhos, partilhando as alegrias e tristezas, construindo um relacionamento de amizade que ultrapassa todos os limites desencadeando um vínculo forte de cumplicidade.
Os homens descobriram a doce alegria de ser PAI em tempo integral, de participar da vida dos filhos desde o momento em que ainda estão no abrigo do ventre materno, dando à paternidade um novo sabor.
Nesse contexto, a responsabilidade deixou de ser um peso e se tornou uma escolha de vida, uma vocação que se abraça com amor. Uma missão assumida que muitas vezes faz com que até mesmo os projetos pessoais e profissionais sofram um reajustamento, em vista do bem maior dos filhos.
A responsabilidade não é mais restrita, ela se alarga e cresce na mesma medida em que cresce a criança, e se aprofunda na mesma intensidade do amor que o pai nutre pelo filho/a. Em contrapartida, a confiança dos filhos se expande na mesma proporção e gera um vínculo indestrutível.
Essa paternidade que é vivida hoje tem a bênção e a graça da Paternidade de Deus, e desperta o amor filial de quem entende o significado dessa Paternidade que não é sinônimo de castigo, nem de convivência repressiva, mas sim de diálogo e compreensão. Desperta o amor filial que dá aos filhos a certeza de que tanto na terra como no céu têm um Pai que os ama incondicionalmente, sempre pronto para o perdão, em quem encontram consolo e proteção. E que estará sempre com eles.
E que assim seja para sempre.
sábado, 1 de agosto de 2009
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