Ciclo de Conferências

 Ciclo de Conferências "Religião em Debate"

O Ciclo de Conferências – Religião em Debate – foi criado em 2005 para tratar de questões pertinentes e atuais relacionadas à prática religiosa no campo da missão, da política, da pastoral, do diálogo inter-religioso, da ação social caritativa e da espiritualidade. É um espaço de reflexão, debate, e aprofundamento de temáticas atuais que desafiam a prática religiosa e sua intervenção no contexto da cidade de São Paulo.
Público-alvo
O Ciclo é destinado a todas as pessoas que buscam atualizar-se para prestar um serviço eficaz às comunidades e à sociedade: lideranças, religiosos, presbíteros, professores, estudantes e profissionais liberais interessados no debate e no aprofundamento de temáticas religiosas.
O Ciclo está organizado em oito conferências, com periodicidade mensal e com 2 horas de duração, sempre às quintas-feiras, das 19h30 às 21h30.
A participação é aberta a todos os interessados, alunos ou não do Claretiano - Faculdade e Colégio, livre de qualquer ônus ou compromisso. Para aqueles que desejarem receber o certificado de participação, a inscrição poderá ser feita no dia da primeira conferência, sem qualquer custo. Terão direito ao certificado aqueles que obtiverem 75% de participação nas conferências do Ciclo, durante o ano vigente.
Maiores Informações:
 Faculdades Integradas Claretianas
 Fone: (11) 3823-5969
 Rua Martim Francisco, 636 - Higienópolis
 01226-000 – São Paulo – SP
secretaria@claretiano-sp.com.br
 http://www.claretiano-sp.com.br/

 Palestra: Fé e política diante do processo eleitoral
No dia 18 de março de 2010 a palestra do Ciclo de Conferências “Religião em Debate” levantou a questão “Fé e Política diante do processo eleitoral”. A professora Carmem Cecília apresentou a questão a partir do momento histórico que era vivido no âmbito político, onde o combate à corrupção tomava novos rumos.
Na história do Brasil, a corrupção foi se institucionalizando pelo processo de exploração a que foi submetido desde o descobrimento, aliado ao favorecimento das elites locais e também de Portugal e Inglaterra que exerciam o domínio sobre esta terra. O que favorecia a impunidade, uma vez que o judiciário estava a serviço do poder dominante.
Em mais de quinhentos anos de história, não se conseguiu mudar muito essa situação, uma vez que não há vontade política para tanto. Os sinais disso são visíveis:
• Sinal de impunidade – judiciário lento, corrupto, sem transparência, a serviço da elite.
• Sinal de ausência de participação - sociedade tem que dizer ao sistema - corrupção é crime e não pode ficar impune.
• Sinal de falta de transparência no exercício da coisa pública.
A corrupção é crime e tem que ser punida. Ela dilapida o patrimônio de uma nação: o patrimônio ético, humano e moral. A sociedade ainda não assimilou o princípio de que corrupção é crime e não pode ficar impune. Não faz parte de nossa cultura exigir vigorosamente a punição de corruptos e corruptores. E isso tem que mudar.
Para tal empreitada é preciso ter metas conscientes. É possível controlar a corrupção, não é possível eliminar a corrupção. O processo eleitoral é mãe e pai de toda a corrupção, e s e a corrupção anda solta é por que a impunidade predomina.
A luta contra a corrupção supõe educação política, soberania. O artigo primeiro da CF/88 diz que somos os detentores do poder. A sociedade precisa querer acabar com a corrupção. E essa vontade se manifesta na:
• Denúncia e superação do modelo sócio - político – econômico. (Ver CF 2010)
• Denúncia da injustiça e da impunidade
• Institucionalização da participação popular. Fazer acontecer o artigo 182 da CF/88, já introduzido no Estatuto da Cidade. Em todas as esferas de governo.
• Institucionalização do acesso às informações. Acesso à informação é direito humano. Acompanhar projeto a ser apresentado no Congresso.
• Institucionalização de regras que permitam a punição rápida de corruptos e corruptores.
• Reforma política com participação popular
Há possibilidades de atuação imediata, e entre elas:
Coleta de assinaturas em apoio à Campanha Ficha Limpa, projeto de lei 518/09, envio imediato para Brasília, pressão sobre os líderes dos partidos no Congresso Nacional. Endereços: http://www.mcce.org.br/ ou http://campanhafichalimpasp.blogspot.com/
Maiores informações sobre outras possibilidades com Caci: caciamaral@ig.com.br

Palestra: Biodiversidade e Sustentabilidade
No dia 15 de abril de 2010, a Dra. Mônica Simons participou do Ciclo de Conferências “Religião em Debate” com a palestra: Biodiversidade e Sustentabilidade, cuja síntese vem a seguir.
  Biodiversidade e Sustentabilidade
“Que a terra produza seres vivos conforme a espécie de cada um (...)” Gen 1:24
Em 20 de dezembro de 2006, a Assembléia Geral das Nações Unidas que instituiu o Ano Internacional da Biodiversidade determinou que fosse comemorado em 2010 de maneira global e inter setorial, por todas as instancias e segmentos da organização social das nações, em todos os seus níveis de organização.
Reconhecida há 20 anos, em 1972, pela Convenção sobre a Biodiversidade, as áreas focais foram voltadas especialmente para proteção dos componentes da biodiversidade, a manutenção dos seus bens de serviço para a sustentação do bem-estar humano, a proteção do conhecimento e práticas tradicionais e a repartição justa e equilibrada dos benefícios derivados de recursos genéticos.
 Enquanto bem público global, a biodiversidade em todas as suas vitais e importantes formas de manifestação, vem sofrendo cada vez mais a pressão das ações do homem, principalmente a partir da 2ª metade do século passado, em virtude do modelo econômico vigente, predatório e excludente em essência.
Foi a preocupação com a perda da biodiversidade, e a sua reconhecida importância para a sustentação da teia da vida no planeta o que levou a criação, em 1992, da Convenção sobre Diversidade Biológica, consolidando-se assim um tratado global de compromisso legal, pautado em três objetivos básicos e complementares:a conservação da biodiversidade, o uso sustentável dos seus componentes, e a repartição justa e eqüitativa dos benefícios advindos da utilização de recursos genéticos. Em virtude do grau de participação de todos os países signatários, isto pode ser entendido como um sinal da gradativa sensibilização das comunidades para a necessidade de trabalhar de forma interativa e cooperativa para garantir a sobrevivência da vida na Terra, com dignidade e direitos equitativos para todos.
Analisando algumas das metas para 2010, tais como: Redução da taxa de perda da biodiversidade; promoção do uso sustentável da biodiversidade; combater e mitigar ou minimizar os principais impactos à biodiversidade pela mudanças climáticas, poluição; desmatamento; transformação de habitats; proteção do conhecimento tradicional, suas práticas e inovações; dentre outros; vemos a necessidade de que cada vez mais, todos nos sintamos co-responsáveis na busca de práticas sustentáveis, envolvendo as esferas social, ambiental e econômica, permeadas pelo sagrado.
“Javé Deus tomou o homem e o colocou no Jardim do Éden, para que o cultivasse e o guardasse” Gen 2: 15
Ou seja, todos devemos assumir o compromisso de sermos críticos e disciplinados com relação as escolhas, crenças e valores que norteiam nossa ações para minimizar ao máximo o impacto produzido pela nossa condição de habitantes de um planeta, entendido como um grande e dinâmico ser vivo. É urgente que saibamos desenvolver uma “visão sistêmica” que nos permita entender que o todo não se resume a soma das partes, mas a inter-relação de cada parte que, por sua vez, é um todo em si mesma!
 Silenciemos reverentes e sejamos gratos pelo dom da vida e pelo presente da biodiversidade.

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