O Evangelho de Jesus Cristo segundo João, no capítulo 13, versículos 34 e 35, traz um novo mandamento, que vem dar cumprimento à Lei da Antiga Aliança, tornando-a plena. É a Lei do Amor, a lei maior que deve reger toda a vida humana, a vida cristã. A Lei da Nova Aliança que deve ser seguida por todos aqueles que se dizem discípulos de Jesus.
Será essa lei que distinguirá uns de outros, “vejam como eles se amam”. Jesus afirmou: “Nisto conhecerão todos que sois os meus discípulos: se vos amardes uns aos outros”.
No evangelho segundo Mateus, capítulo 22, versículos 34 a 40, diante do questionamento de fariseus, Jesus já apresenta a Lei do Amor, porém na perspectiva judaica, pois o ensinamento se destinava aos fariseus e Mateus escreve para uma comunidade de Judeus convertidos.
No entanto, diante da iminência da sua morte, Jesus deixa para os apóstolos o seu testamento, a maior de todas as leis, aquela que brota do coração de Deus e da qual o Cristo deu testemunho: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”.
Esse mandamento é primordial na identificação daqueles que se dizem cristãos. É a partir dele que todo cristão deve pautar a própria vida e anunciar o Evangelho de Jesus.
Assim sendo, para viver como discípulo de Jesus é preciso viver como ele viveu, olhando sua pedagogia de vida, seu modo de acolher as pessoas, seu jeito de tratar o próximo, suas atitudes em relação aos outros.
Jesus é o protagonista da sua própria história, age movido apenas pela sabedoria que vem do Pai, sua pedagogia é a pedagogia de Deus, por isso impregnada de amor ágape, aquele que se basta, que não exige reciprocidade, não coloca limites nem impõe condições. Ele acolhe todas as pessoas indiscriminadamente, creiam nele ou não, professem a mesma fé ou não, pertençam ao seu povo ou não, sejam tementes a Deus ou não, simplesmente acolhe porque são criaturas do Pai. Ele jamais despede de mãos vazias aqueles que dele se aproximam, mas a todos dá um pouco do seu amor, seja por meio dos milagres que lhes devolvem a dignidade de ser humano, seja por meio da atenção que resgata a condição de pessoa para aqueles que estavam excluídos.
Jesus não julga, não condena, não impõe um fardo pesado a ninguém, Ele é todo amor, compaixão e misericórdia. Assim devem ser os seus seguidores.
Diante dessa verdade, todos aqueles que se dizem discípulos devem se questionar: Qual a imagem de Cristo eu reflito para os outros? Qual a minha disposição diante do próximo? Como eu vivo o Mandamento do Amor?
Toda sociedade, congregação, comunidade humana necessita de regras e normas para conviver, porém nenhuma regra ou norma é maior que o Mandamento do Amor e nenhuma pode se impor a ele, nem mesmo se estabelecida por autoridades religiosas, pois Jesus é a Cabeça, é dele o poder, a honra e a glória para sempre.
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