segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Pai Nosso dos Construtores do Reino

Pai Nosso, que ao chamá-lo de Pai reconheçamos que nossa vida vem de ti, que a nossa humanidade descende do teu amor e nossa herança genética traz o gen da tua imagem e semelhança. Mas, principalmente, que tenhamos a plena consciência de que és Pai de todos nós, o que nos faz irmãos, sem distinção de pessoa, de raça ou de condição social, e que amas a todos nós com igual amor, compaixão e misericórdia.
Vós que estais no céu, mas que estais também na terra, na natureza, nas florestas, nos campos, nos rios, nos lagos e oceanos. Estais nas cidades, nas casas ricas e pobres, nas favelas, embaixo das pontes e dos viadutos. Enfim em todos os lugares visíveis e invisíveis, e que és o Senhor do Universo.
Santificado seja o vosso nome, pelos nossos atos e ações, pelo nosso modo ser filhos, pela nossa disponibilidade em Te servir, pela forma com que nos deixamos banhar por teu Amor e nos doamos aos nossos irmãos, fazendo de nossa vida uma oração.
Venha a nós o vosso Reino, reino de justiça, de solidariedade e de paz, que deve ser construído dia a dia por nós, no esforço constante de transformar todas as estruturas geradoras de morte para que se tornem geradoras de vida plena.
Seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu. Que ela seja feita em nossos corações, conscientes de que teu maior desejo é a felicidade de todos os seres humanos e a vida em abundância para todos. E, na certeza de fazermos a vossa vontade, saibamos lutar contra toda forma de injustiça, contra toda ganância, contra todo egoísmo, contra toda opressão que impede aos mais simples e pequeninos o direito à plenitude de vida.
O pão nosso de cada dia nos daí hoje, o pão que alimenta nosso corpo, mas também o pão que alimenta nossa alma e nosso espírito. O pão de comer e a água de beber que saciam a fome e a sede dos homens e mulheres; o pão da educação e água da cultura que saciam o ser e o saber dos povos; o pão do trabalho e a água do lazer que saciam a dignidade e a liberdade das pessoas; enfim o pão da partilha e a água da doação mútua que saciam a solidariedade e o amor fraterno dos filhos de Deus.
Perdoai as nossas ofensas, mesmo que nem sempre sejamos dignos do vosso perdão, pois nos deixamos levar pelas limitações da nossa humanidade ao invés de nos entregarmos a vós para que nos conduza pelo caminho do bem.
Perdoai-nos assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, mas tende compaixão de nós quando não sabemos perdoar, quando a dor da mágoa nos deixa cegos de raiva e nos torna algozes do próximo. E fazei com que saibamos reconhecer que nossa imperfeição é tão grande quanto à de nossos irmãos.
E não nos deixeis cair em tentação, na tentação do poder, do ser melhor que os outros, do ser maior do que o próprio Deus. Mas livrai-nos do todo o mal. Amém!

Nenhum comentário: