quarta-feira, 2 de setembro de 2009

A RESPOSTA CERTA

Um homem muito religioso, ao morrer, chegou ao portão dos céus. Bateu no portão fechado.
Uma voz do outro lado lhe perguntou: “O que queres aqui? Quem és tu?”
O homem respondeu: “Sou Fulano de Tal, dediquei minha vida à oração e à caridade, quero agora minha recompensa”.
Ao que a voz respondeu: “Aqui não há céu nenhum, vá procurar em outro lugar”.
O religioso voltou à Terra, e depois, ao morrer novamente, insistiu no seu direito à recompensa, batendo no portão.
A voz lhe perguntou: “O que queres aqui, quem és tu?”
O religioso repetiu que era Fulano de Tal, e listou suas novas boas obras no mundo.
A voz lhe mandou buscar a recompensa em outro lugar, voltar à Terra, ali não havia céu nenhum.
O religioso voltou à Terra, passou mais uma vida meditando, e ao morrer, novamente bateu no portão.
A voz perguntou: O que queres aqui? Quem és tu?
O religioso respondeu: Sou Tu.
O portão se abriu.
Essa história nos mostra como temos dificuldade de compreender que não somos nada sem Deus. Pensamos que podemos viver e agir como bem entendemos, que não precisamos de ninguém para nos mostrar o caminho a seguir ou para nos orientar em nossas escolhas.
No entanto, essa pseudo autonomia que insistimos em manter só nos leva para o fundo do poço. Quem não reconhece a própria dependência daquele que nos criou, que tenta romper os laços com aquele que mantém acessa a chama da vida em nós nada sabe de si mesmo, está perdido, vagando como um néscio por este mundo, cego procurando a luz nas trevas.
Somente aquele que reconhece a própria dependência e busca a vontade de Deus para si como quem busca o ar para respirar, ciente de que sem Ele não há vida, poderá encontrar o céu.
O céu não é um lugar, é o estado de suprema felicidade daqueles que se entregam a Deus e vivem guiados por seu amor.
Para encontrar o céu, precisamos saber quem somos, de onde viemos e para onde vamos retornar quando atravessarmos a porta que nos separa da Vida Eterna. Mas, não podemos nos deter no átrio da Eternidade esperando que as trombetas anunciem a nossa chegada e louvem os nossos feitos. Ao contrário, temos que chegar revestidos de toda a humildade, reconhecendo que não somos nada, mas Deus é tudo em todos.

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