24ª Semana do Tempo Comum - Quarta-feira: Lc 7, 31-35

O Amor é a lente que deve fazer o cristão enxergar o outro

Nesta passagem do Evangelho, Jesus adverte os discípulos sobre a conduta de quem quer segui-lo. Os fariseus, cheios de si mesmos por se acharem cumpridores da Lei de Moisés, se permitem lançar críticas ao comportamento de todos, sem compaixão ou misericórdia. Pensam que são os donos da Verdade, e que somente aqueles que agem como eles estão com a Verdade. Com essa atitude, discriminam e marginalizam os outros.
Mas Jesus diz que a Sabedoria de Deus é maior que a sabedoria dos homens, e só ela justifica as pessoas humanas. Os seres humanos não possuem a sabedoria necessária para julgar ninguém, pois a nossa visão de Deus é limitada e o nosso agir é sempre imperfeito.
Todo aquele que se deixa levar pelo orgulho, pensando que está fazendo o melhor para Deus, está cavando um abismo para si mesmo e colocando uma venda diante dos olhos, que o fará lançar-se no precipício.
O que Jesus diz nas entrelinhas é que não cabe a nós julgarmos ninguém, pois somente Deus pode ver o coração das pessoas e conhecer verdadeiramente as suas intenções. E a única intenção que traz sabedoria é a da Caridade – aquela que nos coloca no lugar do outro e nos faz assumir a sua causa como se fosse nossa, ou que nos leva a compreender o que o outro está passando e os motivos pelos quais está agindo ou reagindo.
Como diz Paulo, a maior de todas as virtudes é a Caridade, o Amor maior, incondicional (1Cor 13,13). Esse é o Amor que Jesus espera que seus discípulos vivam entre si e com os outros: “Amai-vos como Eu vos amei” (Jo 15,12)