sábado, 3 de outubro de 2009

26ª Semana do Tempo Comum - Sábado - LC 10, 17-24


“Ninguém conhece o Pai senão o Filho”

Os discípulos que foram enviados agora retornam cheios de alegria por que a Palavra anunciada e seus feitos, em nome de Jesus, foram acolhidos. Mas Jesus os adverte: de fato, o poder do mal está sendo abalado pelo anúncio da Boa Nova, no entanto, ninguém deve se gloriar por isso. Os discípulos devem ter uma única alegria no coração, a de que foram chamados a viver unidos a Jesus, por quem tudo se realiza.
Diante disso, Jesus dá glórias ao Pai, demonstrando o reconhecimento de que tudo o que por Ele se realiza é obra de Deus. Jesus, o Filho, age movido pelo Espírito do Pai, fazendo a vontade do Pai, que abre os corações daqueles, os mais pobres e humildes que se voltam para Jesus.
E Jesus faz a vontade do Pai porque o conhece e o ama. Ninguém mais conhece a Deus, somente aquele que por Ele é enviado. Jesus vive em íntima sintonia com o Pai, por isso O conhece, e na terra, somente aqueles que vivem em íntima sintonia com Jesus poderão conhecer o Pai, porque como o próprio Jesus diz: Quem me vê, vê o Pai que me enviou (Jo 12,45).
Porém, o verbo VER nesse contexto tem maior profundidade do que o simples ato de visualizar a pessoa de Jesus. O sentido é o do enxergar profundo, que vê além das aparências e percebe o sentido da ação salvífica de Jesus. E essa era a ânsia dos profetas e reis que antecederam a vinda do Messias. Jesus não é o cumprimento das profecias, mas a realização da esperança que animou gerações.

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